“Dizer mal do meu país? Não contem comigo”. Grosso modo, é desta forma que o antigo autarca das Caldas da Rainha e militante do PSD há 40 anos, Fernando Costa, sustenta, em entrevista ao i a afirmação: "Se me virem ao lado do Dr. Soares na Aula Magna é porque estou doido".
Esta declaração surge a propósito de uma pergunta sobre a expulsão de António Capucho do partido, que, recorde-se, integrou a iniciativa do antigo Presidente da República contra as políticas do atual Executivo. “António Capucho foi expulso porque quis ser expulso e fez tudo para ser expulso”, comenta Fernando Costa. E prossegue: “Há aqui um sentido claro de vitimização. Tenho toda a simpatia e respeito por António Capucho, mas não posso estar de acordo. Como não concordo com outros militantes”.
O atual vereador ‘laranja’ na câmara de Loures faz sobressair que “cada vez se nota mais que as pessoas vêm para os partidos atrás de interesses pessoais”, o que classifica de “lastimável”.
Por outro lado, e a propósito do Congresso do PSD que esta sexta-feira tem início no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, Fernando Costa adianta que uma das ideias que irá defender prende-se com “um mandato único de sete anos para o Presidente da República”.
Já sobre a reforma levada a cabo ao nível das freguesias, o social-democrata considera que o objetivo era “diminuir a despesa mas teve um efeito perverso e vai custar mais dinheiro”.
O antigo presidente da Câmara das Caldas da Rainha não poupa ainda críticas ao Governo na sua cor partidária no que ao sorteio de carros por parte do Fisco diz respeito. “Premiar um sorteio com um carro de luxo é um absurdo”, uma vez que “no dia seguinte não há dinheiro para lhe pôr gasolina”.
Ao mesmo tempo, Ferando Costa observa que “está-se a pedir muito mais esforço aos ministérios da Saúde e da Educação do que aos municípios”, algo que cataloga como sendo “injusto”.