O primeiro-ministro, no seu discurso de abertura na conferência ‘Portugal Pós-troika, que está a decorrer esta quarta-feira, salientou o caminho “longo e difícil” percorrido pelos portugueses e que é o resultado da “ausência de rigor” dos últimos quinze anos que causou uma “estagnação” e que tornou a missão do seu Executivo mais “complicada”.
“As consequências do 1º semestre de 2011 fizeram sentir-se em todos os sectores”, pelo que Passos Coelho considera que “a resposta de emergência foi indispensável e obrigou a medidas que ninguém gosta de impor”.
Com o fim do programa de assistência, “aproxima-se um futuro mais próspero e com oportunidades para todos”. Esta recuperação, no entanto, “surpreendeu muita gente em Portugal e no estrangeiro” e que é resultado do rigor imposto por este executivo e que deverá manter-se, embora “o sistema financeiro esteja bem capitalizado”.
“Aqui a credibilidade do nosso compromisso e a recuperação da confiança foi decisivo para o resultado que temos hoje. Resultado que nos permite escolher as diversas possibilidades de sair do programa”, salientou, recordando que não houve período da história democrática do país em que se tenha “procedido a tantas reformas económicas para elevar a nossa qualidade”. Reformas essas que vão “continuar a ser feitas até ao final da legislatura”.
Por fim, Passos revela que espera a solidariedade da Europa com quem continuará a caminhar lado-a-lado pelo futuro do país.