"Eram os mesmos que falavam na espiral recessiva, que isto não tinha saída nenhuma", disse o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
De seguida, o primeiro-ministro citou o Presidente da República, Cavaco Silva, apoiando a ideia expressa pelo chefe de Estado segundo a qual falar em reestruturação da dívida seria um ato de "masoquismo".
Passos Coelho, que falava numa conferência sobre o pós-'troika', promovida pelo Jornal de Negócios e a Rádio Renascença, em Lisboa, foi particularmente duro na forma como se referiu às 70 personalidades, de diversos quadrantes políticos, que subscreveram o manifesto pela reestruturação da dívida.
"Isso está totalmente fora de questão e espanta-me como é que gente tão bem informada suscita essas questões numa altura em que estamos a regressar a mercado com níveis de confiança como já não tínhamos há vários anos e quando estamos, ao mesmo tempo, a conseguir a mostrar um nível de crescimento da economia como não temos há mais de 12", argumentou.
Já antes, quando se referiu aos cortes nos salários e pensões não poderem, como tem reiterado, regressar aos níveis de 2011, o primeiro-ministro disse que as "pessoas simples" tinham mais facilidade em entender isso, porque reabriria o problema.