Pedro Santana Lopes recusa-se a “fustigar” José Sócrates e garante que o ex-primeiro-ministro não pode ser o culpado por tudo o que se passa no país até porque durante o mandato “tomou muitas boas medidas”.
“Eu não sou daqueles que fustiga o engenheiro Sócrates a dizer que ele é o culpado por tudo o que se passa em Portugal. Acho essa ideia absolutamente caricata e ridícula”, começa por dizer o social-democrata em entrevista ao jornal Público.
Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa há quase três anos, Santana Lopes frisa que “a principal culpa pelo que se passa em Portugal são fatores externos”, lembrando que Sócrates se “desorientou” no final do mandato e “tomou muitas medidas erradas”, mas, no entanto, ressalva que “durante vários anos desenvolveu políticas corretas e tomou muitas medidas boas”.
“Foi um primeiro-ministro com visão em várias áreas”, garante, acrescentando ainda que “era vários deuses ao mesmo tempo, depois caiu em desgraça e passou a ser o culpado de tudo”.
O social-democrata sublinha ainda que José Sócrates foi um “primeiro-ministro com várias qualidades, um chefe de Governo com autoridade e capaz de impor a disciplina no seio do seu governo”.