“Teria assinado o manifesto, seguramente, porque estou de acordo com ele”. A afirmação pertence ao ex-chefe de Governo socialista, José Sócrates, que ontem comentava a atualidade política, na antena da estação pública.
No entender do antigo primeiro-ministro, o documento assinado por 70 reconhecidas personalidades de várias franjas da sociedade portuguesa, é “moderado”, sendo que, quem o subscreveu é “merecedor de respeito”, enfatizou o socialista.
Aliás, para Sócrates, o manifesto que tanta controvérsia tem vindo a gerar, com várias trocas de galhardetes à mistura entre responsáveis pelo Executivo e os seus signatários, torna transparente “a fantasia e irrealismo em que vive o Governo”.
“Tudo está a correr a mal: a dívida aumentou, o desemprego aumentou e estamos há três anos em recessão”, salientou o socialista, invertendo e desconstruindo assim a onda de otimismo que vem sendo enaltecida pelo Executivo em funções.