Passos Coelho assegurou hoje que o Governo não tem “decisões fechadas” sobre onde cortar para conseguir uma poupança adicional de 4 mil milhões de euros. “Não há nenhum compromisso específico de fazer um corte nesta ou naquela área. Não temos nenhuma decisão fechada à partida”, assegurou o primeiro-ministro ao falar aos jornalistas depois da sessão de abertura do novo ano lectivo na Academia militar da Amadora.
O governante sublinhou também que “ninguém no Governo falou em refundar o Estado”, a propósito das várias notícias sobre uma refundação do Estado Social, esclarecendo que, “no âmbito da discussão sobre a reforma do Estado”, é preciso “discriminar medidas que resultem em poupanças permanentes de 4 mil milhões de euros e que tornem o exercício orçamental de 2013 sustentável no futuro”.
Na mesma ocasião, Passos Coelho sublinhou que o Governo está disponível para discutir com o PS a forma de atingir os cortes de 4 mil milhões de euros, mas garantiu que o Executivo assumirá as suas responsabilidades e apresentará, em Fevereiro do próximo ano, propostas de medidas para atingir essa meta.
“Gostaria muito que o PS se associasse a este exercício mas isto já não depende da minha vontade. Não posso impor ao PS este exercício”, frisou o primeiro-ministro, recordando que o PSD teve no passado a disponibilidade para apoiar o memorando com a troika, que nem sequer negociou.