Marcelo lamenta que PSD e PS não consigam debater problemas do País

O ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa lamentou, esta quinta-feira, que sociais-democratas e socialistas não consigam discutir questões fundamentais do país, elogiando as declarações do Presidente da República desta semana em defesa de um "consenso alargado".

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Lusa
08/11/2012 19:58 ‧ 08/11/2012 por Lusa

Política

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"O Presidente da República disse tudo, disse que o consenso alargado, político e social, era melhor do que não haver consenso. E eu acho que tem toda a razão, é uma grande pena que não seja possível que esses dois líderes partidários [do PS e do PSD] se sentem à mesa e consigam discutir, ao menos nas ideias mínimas, aquilo que é fundamental fazer num momento de salvação do pais", disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações a jornalistas em Lisboa, à margem do lançamento do livro ‘Angola, Justiça e Paz’, de Tony Neves.

"Mas a vida é como é, cada um está a pensar na sua estratégia ou na sua táctica, ou na estratégia e na táctica partidária, é uma grande pena porque o interesse nacional devia sobrepor-se a isso", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa respondeu assim depois de ter sido questionado sobre a posição do secretário-geral do PS, António José Seguro, em relação ao corte de quatro mil milhões de euros na despesa pública, anunciado pelo Governo, e a decisão do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de avançar sem os socialistas com esse processo.

Questionado sobre se o Presidente da República fez bem em ter feito uma declaração pública esta semana, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que Cavaco Silva, "no fundo, fez uma explicação cautelosa para explicar por que é que não tem intervindo".

"E para dizer que não se espere que as pessoas falem, devem é fazer, e para explicar porque é que tem reduzido ao mínimo [as intervenções públicas]. Foi uma espécie de justificação prudente e inteligente, como toda a gente espera que o PR esteja permanentemente a falar e a falar das coisas de pormenor, ele explica porque é que não faz sentido falar se não para apelar a um consenso social alargado e a um consenso político alargado", acrescentou.

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