Paulo Macedo escusou-se a comentar a polémica à volta do encontro realizado esta semana, no Ministério das Finanças, do qual resultaram notícias sobre um eventual corte permanente das pensões.
O governante apenas referiu que só se deve voltar ao assunto quando "houver um documento". "Quando ele for objeto de decisão política e, nessa altura, como foi dito, é que fará sentido fazer referências e explicar as opções tomadas", afirmou o ministro, que falava à margem de uma visita à unidade de Vila Real do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).
Num encontro informal com jornalistas, esta semana, fonte oficial do Ministério das Finanças disse que o Governo está a avaliar a possibilidade de aplicar a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) de forma permanente, ajustando o valor das pensões a critérios demográficos e económicos.
Depois do encontro e da informação divulgada, as direções do Diário Económico, Público, DN, JN, Correio da Manhã, Dinheiro Vivo e da agência Lusa assinaram uma nota em que rejeitam as afirmações do ministro Marques Guedes de que as notícias sobre um eventual corte permanente de pensões eram manipulação.
Em Moçambique, o primeiro-ministro disse que o Governo não tem, nesta fase, nenhuma discussão "em cima da mesa" sobre reduções adicionais de salários e pensões, mas insistiu na necessidade de garantir a sustentabilidade do sistema de Segurança Social.
Passos Coelho afirmou ainda que o debate público em Portugal "podia ser mais sereno e mais informado" e que espera que "os membros do Governo contribuam também para isso".