Idosos "usados como cobaias um dia deixarão de votar no PSD/CDS"

Luís Marques Mendes considerou, esta noite, que o Governo errou ao dizer que não haveriam mais cortes, tendo mais tarde desmentido a promessa que tinha feito. O comentador defende que este Executivo em vez de apaziguar os portugueses, está constantemente a assustá-los, sobretudo os mais idosos, o que o leva a afirmar que falta a estes governantes a escola da vida.

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Andrea Pinto
29/03/2014 21:47 ‧ 29/03/2014 por Andrea Pinto

Política

Marques Mendes

“Acho que isto é uma trapalhada monumental”. Foi desta forma que Luís Marques Mendes começou por definir a forma como o Governo afirmou esta semana que não iria proceder a mais cortes, tendo mais tarde voltado atrás com a sua palavra. 

Para o comentador do 'Jornal da Noite' da SIC, não se compreende como é que numa semana “em que o Governo tem boas notícias económicas, a sua gestão política piora”, assustando os “dois milhões de reformados portugueses que são os mais vulneráveis e que estão a ser tratados como cobaias” . "O Governo em vez de ser bombeiro é um incendiário", defendeu.

O social democrata considera que o executivo de Pedro Passos Coelho não deve insistir em aplicar as suas medidas sobre os mais idosos, alertando para o facto de “um dia destes não haver um único reformado a votar no PSD ou no CDS” e “com toda a razão”.

Por isso, defende que estes devem ter uma maior sensibilidade e sublinha que “os governantes não podem ter apenas a educação da universidade mas também a escola da vida”

Por fim, e com base neste descontentamento, diz que o partido poderá ser surpreendido com maus resultados nas próximas eleições, o que leva o comentador a defender que António José Seguro está a ser beneficiado por estas políticas. “Seguro pode enviar um bilhete a Passos a agradecer pois será graças a ele que ganhará as eleições”, afirmou. 

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