"Correu mal e ou o secretário de Estado se demite ou alguém o faz"

O antigo ministro da Economia comentou aos microfones da Rádio Renascença a polémica sobre as pensões, que dominou a atualidade informativa na semana passada, e que foi espoletada pelo secretário de Estado José Leite Martins, sustentando que ou o governante se demite ou “alguém o vai demitir”, mesmo que, salientou Daniel Bessa, se tenha limitado a fazer o “chamado trabalho sujo”.

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Notícias Ao Minuto
31/03/2014 12:31 ‧ 31/03/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Daniel Bessa

No programa ‘Conversas Cruzadas’, que passa ao domingo na antena da Rádio Renascença, os comentadores habituais Daniel Bessa e Carvalho da Silva comentaram a alternativa que o Governo estaria a estudar para substituir os cortes, atualmente em vigor, como a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES), e que foi desencadeada pelo encontro entre o secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins, e jornalistas de seis órgãos de comunicação social.

Na opinião do ex-ministro e economista Daniel Bessa foi algo que “correu mal” e que “saiu antes do tempo”, pelo que “o senhor [secretário de Estado] vai demitir-se ou alguém o vai demitir”.

Mas, salientou o antigo ministro de Guterres, “começou-me a acorrer que podia não ser bem assim e quem anda pela política conhece bem isto, é o chamado trabalho sujo. É uma coisa que não é muito bonita mas que alguém tem de fazê-lo”, no sentido em que “é encarregado de fazê-lo. E foi o que fez coitado [José Leite Martins], mas correu mal e vai ser sacrificado porque evidentemente ninguém vai assumir a autoria da ordem”.

Também Carvalho Silva, ex-líder da CGTP, considera que o secretário de Estado se limitou a “cumprir uma orientação de estratégica da governação”, sem ter em conta “o que pensam as organizações, as forças políticas, a sociedade, (…), isto é arrepiante”. Concluindo, o antigo sindicalista afirma que “estamos a viver dias de autêntico terror”.

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