E o manifesto que defende a reestruturação da dívida pública do país continua a dar que falar.
Desta feita, o antigo ministro das Finanças, responsável também pela pasta do Trabalho no Governo de Durão Barroso, Bagão Félix, não gostou das afirmações do presidente da Comissão Europeia, que, em entrevista ao Expresso e à SIC, manifestou surpresa pelo facto de ex-ministros seus terem assinado o controverso documento.
Isto porque, sustentou, pertencem a “uma certa classe média-alta – pessoas que até têm uma vida relativamente confortável – mas que foram atingidas por esta situação”.
Saliente-se que no comentário do social-democrata cabe também Manuela Ferreira Leite, que foi ministra das Finanças do Executivo que liderou.
Ora, ao Diário de Notícias, Bagão Félix responde a Durão Barroso de forma lacónica, limitando-se a assinalar: “Talvez o generalizado espírito bruxelense de salão e geometria variável não permita [ao presidente da Comissão Europeia] perceber que ainda há pessoas que têm convicções para além das suas conveniências de momento ou futuras”.
E, conclui, de forma categórica, o democrata-cristão: “Foi tão deselegante que não cairei na tentação de o ser”.