"Assumo este meu compromisso de no espaço de uma legislatura criar as condições de modo a que os portugueses que vivem na rua deixem de o fazer. Esse é um compromisso que assumo", declarou Seguro, que falava na associação CAIS, em Lisboa, perante funcionários da associação e dezenas de cidadãos apoiados pela mesma.
O socialista falava depois de questionado sobre a Estratégia Nacional para Integração dos Sem-Abrigo, firmada em 2009 pelo Governo liderado por José Sócrates.
Para o socialista, é um "choque" que existam "pessoas que vivem embrulhadas em cartões, cobertores e que dormem ao relento".
Reconhecendo que o combate à situação de sem-abrigo "precisa de muito trabalho com as instituições que conhecem" o setor, como é o caso da CAIS, António José Seguro sublinha ser essencial trazer para debate os números da pobreza em Portugal, país, dizem dados recentes, que "se tornou mais pobre e desigual".
Sobre a visita à associação, o secretário-geral do PS diz ter contactado com "casos verdadeiramente alarmantes e chocantes" de pessoas que "com um pouco de apoio" poderiam ver a sua vida melhorada.
O "compromisso cívico" deve guiar a atuação neste setor, advogou Seguro, que se mostrou preocupado em concreto com a pobreza infantil que merece um "combate sem tréguas".
"É muito importante que consigamos criar políticas públicas que, de uma forma integrada, na Educação, Saúde, apoio social, possam combater este flagelo social que é a pobreza e, em particular, retirar da pobreza milhares de crianças que se encontram nessa situação", sustentou.
Antes, perante os utentes da CAIS, Seguro disse que a sua prioridade política é a criação de emprego, mas reconheceu não ter uma "varinha mágica" capaz "de um momento para o outro criar um milhão de empregos" em Portugal.
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