A campanha para as eleições legislativas do PSD foi ajudada, com donativos em dinheiro, por apenas uma pessoa, ao contrário do que estava previsto. Em vez dos 190 mil euros esperados, o partido apenas amealhou 160 euros.
Segundo o presidente da associação Transparência e Integridade, Luís de Sousa, a lei relativa ao financiamento das campanhas tem sido várias vezes alterada, mas continua com muitas falhas e confusões, favorecendo os partidos.
A entidade que fiscaliza, no Tribunal Constitucional (TC), as contas dos partidos, ficou com dúvidas sobre essa questão. No entanto, admitiu que não pode “comprovar a alegada fraude apenas com base numa suposição ainda que lógica” e acabou por aceitar “satisfatória as respostas dos social-democratas”.
Segundo a TSF, que teve acesso aos documentos que estiveram na base da decisão final, a suspeita de receitas escondidas foi levantada pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) durante a avaliação inicial das contas do PSD e do PS.
Depois da avaliação de 2011, concluiu-se que o CDS decidiu não recolher fundos de privados, enquanto o PS recolheu 28 mil euros e o PSD se ficou pelos 160 euros.
Tal como o PSD, os socialistas garantiram a fiabilidade das suas contas e disseram que as suspeitas não faziam sentido pois não se podem comparar eleições em anos tão diferentes.
Os 160 euros angariados em 2011 pelo PSD foram entregues por uma única pessoa, Lucinda Manuela Freitas Dâmaso, membro dos Trabalhadores Social-democratas (TSD), que garante que nunca financiou qualquer campanha.
De 2005 para 2009, as contas da campanha do PSD desceram de 353 mil euros para seis mil euros e em 2011, para 160 euros.