Para Philippe Legrain, ex-conselheiro do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso “em vez de se manter à margem, escolheu estrategicamente alinhar-se com a Alemanha”. Uma situação que, a seu ver, transformou as instituições europeias num “instrumento para os países credores imporem as suas vontades aos países devedores”.
O ex-dirigente europeu, que abandonou a Comissão Europeia no mês passado, frisa ainda que houve um enfraquecimento político daquele organismo.
“[A Comissão Europeia] esteve muito bem em aumentar a sua influência no sentido técnico. Mas no sentido político está mais fraca que nunca”, garante.
No entender do porta-voz da Comissão Europeia, Simon O’Connor, “estas declarações refletem a opinião de um antigo membro do staff que, infelizmente, optou por não contribuir com alguma coisa útil ou uma ideia prática para a resposta à crise”.