“Há três anos, 300 ou 800 milhões de euros era o que existia nos cofres do Estado. Hoje, temos uma reserva financeira na ordem dos 16 mil milhões de euros, o que revela que os sacrifícios dos portugueses surtiram efeito”, começou por dizer o vice-presidente do Partido Social Democrata, em conferência de imprensa, à saída de um encontro em São Bento com o primeiro-ministro.
Referindo-se à forma como Portugal vai sair do programa de ajustamento financeiro, Marco António Costa informou que “o Governo não se quer precipitar com nenhuma decisão imediata. Quer aproveitar o tempo que resta para recolher o máximo de informação possível”.
Já em relação à discussão em torno do aumento do salário mínimo, o governante entende que se “instaurou em Portugal um debate um tanto ou quanto pitoresco”.
“A atualização do salário mínimo só não aconteceu antes porque havia a necessidade de dar por terminado o programa da troika”, frisou, salientando a necessidade de se levar a cabo “um trabalho mais amplo no âmbito da concertação social” para se atingir “um consenso sólido e duradouro”.
Marco António Costa referiu-se, ainda, ao PS como “o partido do não”. “Se tivéssemos seguido a estratégia da oposição, não era saída de programa de ajustamento que estaríamos a discutir, mas um novo resgate”, garantiu.