Políticos da ditadura eram mais sérios e honestos do que os atuais

Segundo uma sondagem levada a cabo pela Pitagórica e esta segunda-feira divulgada pelo jornal i, uma fatia de 46,5% dos portugueses considera que os políticos do Estado Novo eram mais sérios e honestos do que os atuais. Aliás, do bolo dos inquiridos, apenas 17,7% entende que os governantes de hoje em dia têm mais competências do que os de "antigamente".

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Notícias Ao Minuto
14/04/2014 09:06 ‧ 14/04/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Sondagens

Apesar de muitas feridas que estarão ainda por fechar no que concerne ao regime ditatorial que vigorou, uma elevada percentagem da população julga que, nos dias que correm, os políticos que estão à frente dos destinos do Portugal são menos honestos do que aqueles que comandavam o país aquando do Estado Novo.

Surpreendentes, ou não, estes dados foram apurados através de uma sondagem da Pitagórica para o i, revelando, assim, que à pergunta “comparando a seriedade dos políticos da ditadura com os políticos atuais, quem são os mais honestos?”, 46,5% dos inquiridos não teve dúvidas em apontar os primeiros. Ao mesmo tempo, 35,8% não indicou qualquer resposta e apenas 17,7% reportou os governantes de hoje em dia.

E esta tendência estende-se também ao critério da capacidade de liderança: 43,2% da população referiu que os políticos do Estado Novo tinham superior preparação e melhores competências. Em sentido inverso, 33,1% das pessoas indicou que os políticos de hoje têm mais capacidade de liderança, enquanto 23,7% não sabia a resposta ou preferiu não se pronunciar.

Ainda assim, a pouco mais de um mês da comemoração dos 40 anos da Revolução dos Cravos, as conquistas de Abril são inequívocas para a maior parte dos inquiridos, nomeadamente, do ponto de vista económico.

A liberdade de expressão é assinalada como uma das maiores vitórias da democracia, pese embora 37% da população sujeita a este inquérito admita que os portugueses não são livres de expressar opiniões sem sofrer consequências.

De salientar também que enquanto o Serviço Nacional de Saúde é encarado como uma das grandes mais-valias pós 25 de Abril, a adesão à União Europeia é o feito menos valorizado da história recente do país.

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