"Os partidos do arco da dívida só conseguem ver o país pelos olhos dos credores. Continuam agarrados à obsessão de contrair novos empréstimos para pagar os anteriores e não apresentam uma única garantia de que, mantendo a mesma opção, os problemas do país serão resolvidos", lamentara, no encerramento do debate, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira.
O deputado comunista sublinhou "a repetição, três anos depois, da ausência do Governo numa matéria de interesse nacional" e criticou PS, PSD e CDS-PP por "fugirem à discussão".
"Escolheram o euro e a União Europeia para não assumirem as suas próprias responsabilidades no contínuo endividamento do país", afirmou, acrescentando que a maioria e os socialistas "agitam fantasmas de colapso económico e social" em caso de aprovação da resolução do PCP quando "esses fantasmas são consequências das políticas da direita".
João oliveira condenou ainda a atuação de PSD e CDS por, "ao fim de três anos e 51 mil milhões de dívida a mais, toda a preocupação estar concentrada nos especuladores", sem coragem para "enfrentar os banqueiros".
"Até podem chumbar a proposta para a renegociação, mas ficou mais um passo nesse caminho", concluiu, reiterando a necessidade de demissão do Governo e convocação de eleições legislativas antecipadas, a fim de ser adotada uma política "patriótica e de esquerda", no sentido de promover a produção nacional e o consequente crescimento económico.