No final da reunião com os elementos da troika e a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, sobre a última avaliação ao programa de ajustamento, o deputado do PS, Pedro Marques, revelou que abordaram “o tema dos salários e pensões”, tendo “ficado claro que vamos ter mais cortes, pelo menos aqueles que transformam aquilo que [hoje] é extraordinário em permanente”.
“Os elementos da troika não quiseram responder diretamente à questão das medidas para o próximo ano”, salientou o socialista, acrescentando porém que ficou claro que “cortes permanentes vão acontecer”.
Sustentando que a política de austeridade seguida até agora “não levou ao crescimento”, Pedro Marques demarcou-se da “avaliação feita pela troika” que defende que “a única solução é continuar com esta lógica de austeridade, de duplicação da austeridade”.
Além disso, esclareceu, “procurar consensos com base em políticas, (…) de continuar com mais doses de austeridade (…), que não resolveram os problemas, do ponto de vista do crescimento económico e da dívida, não vale a pena”.
“O que se perspetiva é [por isso] a estagnação económica”, concluiu Pedro Marques.