"É preciso e é salutar em democracia, que da parte da oposição, sobretudo daquela que quer ser alternativa, dê pistas, dê caminhos, dê alternativas, e que não se limite a conjugar o verbo repor", afirmou Nuno Magalhães, na abertura do debate quinzenal com o primeiro-ministro no parlamento.
"Repor, repor, repor", insistiu, afirmando que os socialistas, se não fossem contrariados, "acabariam por repor a ´troika'".
Nuno Magalhães pediu à oposição, sobretudo ao PS, que apresente as suas "políticas alternativas", que vão "além da espuma mediática e das próximas eleições", e que "não se fique pela especulação pela especulação".
Nuno Magalhães quis assinalar a colocação hoje de 750 milhões de euros de dívida pública a dez anos a uma taxa média de 3,5752%, naquele que foi o primeiro leilão de dívida sem recurso a sindicato bancário desde 2011.
"Este resultado traz conclusões claras, muito claras", afirmou, argumentando que o Governo está "conseguir tirar o país do problema que outros, agora muito nervosos, o trouxeram".
"Ao contrário que muitos previam há pouco tempo, Portugal sairá deste resgate e deste doloroso programa sem um segundo resgate, um segundo empréstimo, um segundo programa de dependência", declarou, dizendo que "muitos pareciam desejar que a ´troika' cá ficasse".