Em Braga, no encerramento da última conferência Novo Rumo Para Portugal, António José Seguro disse ainda que os portugueses "não podem ficar pelo protesto e indignação" e que é preciso votarem no dia 25, nas eleições europeias, porque aquilo que "dói" ao Governo não é o protesto mas o voto.
O voto útil que pode "derrotar o Governo" e a "mentira dos sacrifícios", afirmou, é o voto no PS.
Referindo-se às medidas do Documento Estratégia Orçamental (DEO), o responsável acusou também o primeiro-ministro, Passos Coelho, de "descaramento", por ter negado o aumento de impostos contidos no documento, e considerou que o Governo "não está à altura" dos portugueses.
"Como é que agora o doutor Paulo Portas [vice-primeiro-ministro] se sente no Governo onde ele próprio decidiu que haveria finalmente uma TSU para os idosos?", questionou, depois de lembrar a posição de Paulo Portas quando Passos Coelho equacionou a criação daquela taxa.
"Há cerca de um ano o primeiro-ministro escreveu à 'troika' e propôs-lhe a criação de uma contribuição de sustentabilidade para as pensões. De imediato o vice-primeiro-ministro, o doutor Paulo Portas, na altura ministro dos Negócios Estrangeiros, veio dizer que isso era uma linha vermelha, a TSU dos idosos, que ele nunca pisaria, quanto mais ultrapassaria", referiu.
Seguro afirmou que o primeiro-ministro tinha prometido não cortar salários nem reformas ou despedir funcionários públicos e considerou inaceitável que esta forma de fazer política se tenha tornado "banal".
"Não é aceitável olharmos para o nosso Governo e percebermos que ele não está à altura da dignidade e do respeito que merecem os portugueses", declarou.
António José Seguro sublinhou que no dia 25 o escrutínio europeu é da maior importância porque os portugueses podem, através do voto, mandar uma mensagem: "Enviamos um recado para a Europa de que não queremos mais austeridade, mais pobreza, mas também dizemos com muita clareza que o povo português merece um Governo que cumpra a palavra".