Seguro questiona "como se sente" Portas depois de criar TSU

O secretário-geral socialista questionou hoje "como se sente" o vice-primeiro-ministro depois de criar uma Taxa Social Única (TSU) para idosos, quando garantiu que não "pisaria" essa "linha vermelha", e acusou o Governo de fazer do "engano" forma de estar.

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Lusa
03/05/2014 21:05 ‧ 03/05/2014 por Lusa

Política

PS

Em Braga, no encerramento da última conferência Novo Rumo Para Portugal, António José Seguro disse ainda que os portugueses "não podem ficar pelo protesto e indignação" e que é preciso votarem no dia 25, nas eleições europeias, porque aquilo que "dói" ao Governo não é o protesto mas o voto.

O voto útil que pode "derrotar o Governo" e a "mentira dos sacrifícios", afirmou, é o voto no PS.

Referindo-se às medidas do Documento Estratégia Orçamental (DEO), o responsável acusou também o primeiro-ministro, Passos Coelho, de "descaramento", por ter negado o aumento de impostos contidos no documento, e considerou que o Governo "não está à altura" dos portugueses.

"Como é que agora o doutor Paulo Portas [vice-primeiro-ministro] se sente no Governo onde ele próprio decidiu que haveria finalmente uma TSU para os idosos?", questionou, depois de lembrar a posição de Paulo Portas quando Passos Coelho equacionou a criação daquela taxa.

"Há cerca de um ano o primeiro-ministro escreveu à 'troika' e propôs-lhe a criação de uma contribuição de sustentabilidade para as pensões. De imediato o vice-primeiro-ministro, o doutor Paulo Portas, na altura ministro dos Negócios Estrangeiros, veio dizer que isso era uma linha vermelha, a TSU dos idosos, que ele nunca pisaria, quanto mais ultrapassaria", referiu.

Seguro afirmou que o primeiro-ministro tinha prometido não cortar salários nem reformas ou despedir funcionários públicos e considerou inaceitável que esta forma de fazer política se tenha tornado "banal".

"Não é aceitável olharmos para o nosso Governo e percebermos que ele não está à altura da dignidade e do respeito que merecem os portugueses", declarou.

António José Seguro sublinhou que no dia 25 o escrutínio europeu é da maior importância porque os portugueses podem, através do voto, mandar uma mensagem: "Enviamos um recado para a Europa de que não queremos mais austeridade, mais pobreza, mas também dizemos com muita clareza que o povo português merece um Governo que cumpra a palavra".

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