“Passos Coelho cometeu muitos erros, tem muitas falhas, pode ser acusado de muita coisa. Mas num momento que foi o mais importante de todos que foi a crise de julho do ano passado ele não deitou a tolha ao chão, teve sentido de Estado, portanto se não tivesse sido isso não estaríamos agora a comemorar a saída mas a ter um segundo resgate. Ele merece um cumprimento”, afirmou ontem Luís Marques Mendes no seu comentário habitual na SIC.
O social-democrata falava sobre as principais figuras e entidades responsáveis pela alegada saída limpa de Portugal do programa de assistência financeiro e dirigiu elogios não só ao primeiro-ministro mas também ao país e aos portugueses.
“Primeiro é uma vitória do país sobretudo no plano financeiro. Foi por causa do plano financeiro que se pediu o resgate e o resgate termina dentro do prazo, não foi preciso segundo resgate como se dizia e isso é bom”, indicou o comentador.
“Segundo foi uma vitória dos portugueses porque foram eles que fizeram os sacrifícios, sem os sacrifícios não tinham este resultado e sem este resultado não tínhamos provavelmente uma saída desta forma”, continuou.
Dentro do Governo, as suas palavras foram dirigidas a Passos Coelho porque, de acordo com o antigo líder do PSD, “Gaspar fugiu, abandonou o barco portanto não tem grande mérito. Teve algum mas não tem grande mérito. Portas até criou uma crise política que ia deitando tudo a perder”.
Para rematar, o comentador fez o apontamento de que foi o PS a meter a troika em Portugal “mas se ganhar as eleições daqui a um ano vai ser o beneficiário dos resultados alcançados porque o trabalho mais difícil está feito”.