Depois de Basílio Horta, antigo presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), ter classificado, em declarações ao semanário Expresso, de “enorme injustiça” o facto de o chefe de Estado, Cavaco Silva, ter ignorado os anos que o atual autarca de Sintra esteve no comando da AICEP e não o ter condecorado na semana passada, mais vozes críticas se fizeram ouvir.
Foi o caso, conta hoje o jornal i, da eurodeputada do PS, Edite Estrela, que usou a rede social Facebook para manifestar a sua indignação. “Foi uma grande injustiça. Ao condecorar apenas os amigos, Cavaco partidarizou o ato”, escreveu.
Já para Basílio Horta, o facto de não constar entre os condecorados com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique pelo contributo que deram à internacionalização da economia portuguesa, entre os quais, Alexandre Relvas, António Mexia, Faria de Oliveira e Pedro Reis, significou uma “grande falta de educação” de “alguém com mente pequena”.
Refira-se que, Alexandre Relvas foi diretor de campanha de Cavaco, Faria de Oliveira e António Mexia foram ministros dos governos do Presidente da República, e Pedro Reis (ex-presidente da AICEP) é o mandatário da aliança PSD/CDS às europeias.
Face à posição de Basílio Horta de Belém surgiu o seguinte esclarecimento, revela o i: “A cerimónia de imposição de condecorações no Palácio de Belém é um ato oficial para o qual o Presidente da República não efetua quaisquer convites” visto que “são os agraciados que costumam convidar familiares e amigos a estarem presentes”. Além disso, acrescenta a Presidência, Basílio Horta “foi oportunamente agraciado em 2006, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique”.