País precisa "de um Pinto da Costa" para impor a ordem

No programa de comentário semanal ‘Olhos nos Olhos', da TVI 24, Medina Carreira afirma que Portugal não tinha outra opção se não a saída limpa do programa de ajuda financeira, pois a Europa assim o exigia, e que se perde demasiado tempo a discutir a troika e o Documento de Execução Orçamental (DEO) quando esses não são os principais problemas que o país atravessa.

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Andrea Pinto
05/05/2014 22:23 ‧ 05/05/2014 por Andrea Pinto

Política

Medina Carreira

O programa ‘Olhos nos Olhos’, da TVI24, foi esta segunda-feira dedicado às possíveis saídas que Portugal tem para recuperar financeiramente. Questionado sobre a decisão de sair de forma limpa da alçada da troika, Medina Carreira afirmou  que a decisão era mais que óbvia, embora ele “e todas as pessoas que sabem alguma coisa do assunto” defendessem a necessidade de um cautelar.

“O Governo foi por aqui porque teve que ir. Os países do centro da Europa não queriam mais este regime”, disse, referindo-se ao facto de países como a Alemanha não estarem dispostas a ajudar ainda mais Portugal.

Dito isto, o jurista criticou o facto de as pessoas perderem demasiado tempo a pensar e a falar de questões como a troika, quando existem situações mais graves no País, nomeadamente “o desemprego elevadíssimo, a estagnação económica ou o desequilíbrio demográfico”.

A culpa, diz, é do facto dos orgãos de comunicação social passarem “24 sobre 24 horas a falar disto”. “É necessário falar com as pessoas” e simplificar os dados porque “a sociedade vive atolhada de informação”, diz.

Para que a situação do País seja alterada defende que é necessário que os eleitores digam alguma coisa, algo que não crê que vá acontecer, até porque os eleitores continuam “convencidos de quem liquidou a sociedade foi este Governo quando  houve sucessivos anos em que se contribuiu para isto”.

"A população deve perceber que a energia tem que ser mais barata, que os tribunais nao podem fechar e que a educação deve ser melhor. O problema é que não aparecem dirigentes que percebam destas coisas", defende, colocando sobre os eleitores a obrigação de se manifestarem e agirem.

Este salienta, ainda, a necessidade de alguém capaz de liderar o País, como Pinto da Costa fez com o FC Porto. “O FC Porto devora tudo há cerca de 30 anos porque teve um dirigente capaz de pôr ordem no clube”, referiu, salientando a falta de dirigentes competentes a liderar Portugal.

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