“Há sempre uma probabilidade, mesmo que mínima, de isso acontecer”. É esta a afirmação de António Guterres, feita no contexto de um livro sobre o também socialista Jorge Coelho, que abre a porta a uma eventual candidatura do antigo primeiro-ministro a Belém, destaca a edição desta terça-feira do jornal i.
E em declarações à mesma publicação, aquele que é apontado como o candidato do centro-direita às presidenciais, Marcelo Rebelo de Sousa, não manifesta qualquer tipo de surpresa com a admissão do seu hipotético futuro oponente.
“Sempre disse que ele ia ser o candidato de esquerda. Sou um comentador atento e de círculos próximos dele vinham essas informações”, sustentou o ex-líder social-democrata. Marcelo assinalou, porém, que embora seja para ele “uma evidência” que Guterres vá avançar, tal em nada influencia a sua decisão de entrar na corrida.
Saliente-se ainda que o antigo comissário europeu, António Vitorino, adiantou, por seu turno, à revista Sábado que “Guterres devia ser candidato” a ocupar a cadeira que Cavaco Silva deixará vaga em 2015.