Foi um António José Seguro cáustico e particularmente crítico para com o PCP que falou hoje aos jornalistas à chegada ao parlamento para a votação da moção de censura. Seguro não marcou presença no debate optando apenas por participar na votação.
Aos jornalistas, Seguro afirmou que “é preciso haver coerência na vida pública do nosso país”, adiantando que foi precisamente por uma questão de coerência que falhou o debate embora vote a favor da moção de censura. Seguro defende a ‘queda’ do Executivo mas discordou do facto de o PCP ter escolhido este dia para o debate da moção de censura. Na perspetiva do líder do PS, o “primeiro-ministro quer transformar esta moção de censura em moção de confiança”.
Seguro considera que “o partido comunista tem feito muitos fretes ao Governo”, chegando mesmo a afirmar que durante a campanha das Europeias “o alvo do partido comunista foi o PS e não o governo”. O atual secretário-geral do PS adiantou também que estava previsto um debate quinzenal para esta data, debate esse que acabou por ser ‘substituído’ pelo debate da moção de censura apresentada pelo PCP.
“Enquanto alguns políticos e comentadores andam na politiquice e na intriga” não se está a “responder aos problemas concretos das pessoas”, criticou ainda. Quando questionado sobre a posição de Mário Soares, que hoje mesmo publica um texto no Público a mostrar o seu apoio a António Costa na ‘corrida’ à liderança do partido, o líder do PS recusou comentar, dizendo apenas que tal questão será debatida “no interior do partido”.