"Seguro não ouvia socialistas que não o bajulassem"

Aplaude e apoia a candidatura de António Costa mas não deixa de tecer duras críticas a António José Seguro. Em entrevista esta sexta-feira ao jornal i, Mário Soares ataca o atual líder do Partido Socialista (PS), dizendo que o maior erro foi “dizer diariamente que ia ser primeiro-ministro, como se mais nada lhe interessasse”.

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Notícias Ao Minuto
06/06/2014 11:26 ‧ 06/06/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Mário Soares

Mário Soares critica, esta sexta-feira em entrevista ao jornal i, António José Seguro. Uma e outra vez, várias até. O antigo Presidente da República deixa bem claro que o seu apoio a António Costa, mas não deixa de destacar todos os defeitos do atual líder do Partido Socialista (PS).

“A meu ver o maior erro que cometeu foi dizer diariamente que ia ser primeiro-ministro, como se mais nada lhe interessasse. E sobretudo não ouvir os socialistas que não o bajulassem”, diz Mário Soares que destaca ainda o facto de o atual líder 'rosa' ser “inseguro”.

“É certo que [Seguro] nunca falou à esquerda. Quanto às manifestações da Aula Magna para as quais o convidei, em primeiro lugar, nunca quis ir”, revela.

Para Mário Soares, Seguro falou sempre da direita “e nunca da esquerda”. “Além disso, durante meses e meses nunca falou nos socialistas, era ele, ele e ele e mais ninguém. Só percebeu a importância dos socialistas quando falavam pela cabeça do líder”, frisou.

O socialista diz ainda esperar que Seguro “perceba finalmente que não será primeiro-ministro, como tantas vezes disse que seria, antes de ouvir os socialistas”.

“Acho que se perder contra António Costa não terá outro remédio senão demitir-se”, uma vez que, “Seguro nunca se identificou com a esquerda nem com o povo”, atacou.

E quanto a António Costa, Mário Soares não esconde o seu apoio e sublinha que o autarca de Lisboa “entrou em cena quando lhe pareceu que era o momento”, aprsentando-se como o candidato ideal para “unir a esquerda e derrubar a direita”. Algo que, destacou, “o atual líder do PS nunca quis fazer porque o seu diálogo foi sempre com a direita”.

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