"Ninguém, seja Salgado ou Espírito Santo, é santo para não ir preso"

A eurodeputada Ana Gomes teceu duras críticas a Ricardo Salgado e ao Banco Espírito Santo (BES) e afirmou que o “banco foi e é instrumento da atividade criminosa do grupo”. Em declarações à Antena 1, a socialista comparou o Grupo Espírito Santo (GES) ao Banco Português de Negócios (BPN) e disse ainda que “ninguém, chame-se Salgado ou Espírito Santo, pode ser demasiado Santo para não ir preso”.

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Notícias Ao Minuto
18/06/2014 08:20 ‧ 18/06/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Caso BES

Em declarações à Antena 1, Ana Gomes comparou o Grupo Espírito Santo (GES) ao Banco Português de Negócios (BPN), afirmando que  “banco foi e é instrumento da atividade criminosa do grupo”.

“Nem os empregados do BES, nem as Donas Inércias, nem os Cristianos Ronaldos se safam se o Banco de Portugal, a CMVM, a PGR e o Governo continuarem a meter a cabeça na areia, não agindo contra o banqueiro Ricardo Salgado e seus acólitos, continuando a garantir impunidade à grande criminalidade financeira, e não só, à solta no Grupo Espírito Santo”, disse a socialista.

Para a eurodeputada, “se o BES é demasiado grande para falir, ninguém, chame-se Salgado ou Espírito Santo, pode ser demasiado santo para não ir preso”, referindo-se, aqui, à acusação de Machado da Cruz que dá conta da autorização, por parte de Ricardo Salgado, da manipulação das contas daquela holding que levou à ocultação de um passivo avaliado em 1,3 mil milhões de euros.

E as críticas a Ricardo Salgado não se ficaram por aqui. A eurodeputada do PS diz ainda que o presidente do BES é responsável por tentar “paralisar as tentativas de investigação judicial” em diversos casos, como o ‘Furacão’ e ‘Monte Branco’, e que estas revelações “confirmam que a fraude e a criminalidade financeira não são a exceção. Eram e são a razão de ser do sistema de economia de casino em que continuamos a viver. Estas revelações confirmaram também o que toda a gente sabia: que o banqueiro Salgado não queria o financiamento do Estado para não ter de abrir as contas do banco e do grupo à supervisão do Estado".

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