Alegre pede fim imediato de "delírio persecutório" em Coimbra

O ex-candidato presidencial Manuel Alegre apelou hoje ao secretário-geral do PS e aos dirigentes "históricos" socialistas para que ponham imediatamente fim ao "delírio persecutório" de expulsões no PS/Coimbra e aos métodos "inquisitoriais e estalinistas" contra militantes.

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Lusa
19/07/2014 14:59 ‧ 19/07/2014 por Lusa

Política

PS

Em declarações à agência Lusa, Manuel Alegre disse ter tomado conhecimento de que foram expulsos do PS os investigadores universitários Pedro Bingre e Elísio Estanque, e o antigo presidente do União de Coimbra Júlio Ramos - um dia depois de a ex-coordenadora da secção da Sé Nova do PS/Coimbra Cristina Martins também ter sido expulsa deste partido.

Nas últimas eleições autárquicas, Pedro Bingre, Elísio Estaque e Júlio Ramos apoiaram um movimento independente que concorreu à Câmara Municipal de Coimbra.

"Elísio Estaque e Pedro Bingre são dois dos mais ilustres intelectuais de Coimbra e do país e Júlio Ramos é uma grande figura da cidade. Em 2006, candidatei-me à Presidência da República apoiado pelo Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC), do qual sou presidente do Conselho de Fundadores, e contra o candidato oficial do PS, mas não fui expulso do PS", observou o ex-candidato presidencial.

Segundo Manuel Alegre, as mais recentes três expulsões no PS de Coimbra motivam um sentimento de repúdio e um apelo dirigido ao secretário-geral, António José Seguro, e a todos os dirigentes "históricos" deste partido.

"Apetece-me pedir para que me expulsem também a mim, porque não me sinto bem num partido regido por métodos inquisitoriais e estalinistas, que põem em causa a sua natureza de partido da liberdade. Faço um apelo ao secretário-geral do PS e a todos os dirigentes históricos do PS para que atuem no sentido de pôr fim a este delírio persecutório, que não é tradição do PS", acentuou o membro do Conselho de Estado.

Ainda de acordo com Manuel Alegre, "não faz sentido que, num momento em que o PS prepara eleições primárias" abertas a simpatizantes, tendo em vista a escolha do seu candidato a primeiro-ministro, "estejam a ser tomadas atitudes contraditórias com este sinal de abertura à sociedade".

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