Presidente de concelhia expulso do PS recorre ao Constitucional

O presidente da concelhia de Pedrógão Grande do PS anunciou hoje que vai recorrer da decisão de expulsão do partido para o Tribunal Constitucional, afirmando-se vítima de "perseguição política sem precedentes" que visa o seu "assassinato político".

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Lusa
21/07/2014 16:35 ‧ 21/07/2014 por Lusa

Política

Pedrógão Grande

"Este PS de António José Seguro, ao permitir estes métodos persecutórios e estalinistas com vista à eliminação de militantes, não honra nem dignifica a história, os fundadores, os princípios, os valores e os ideais que estiveram na génese da formação do PS", afirmou Diogo Coelho, numa conferência de imprensa, em Leiria.

Manifestando estranheza pelo "sentido de oportunidade" da expulsão, que ocorreu "poucos dias depois" de ter manifestado apoio a António Costa à liderança do partido e a José Miguel Medeiros para a Federação Distrital de Leiria, Diogo Coelho considerou que "neste processo indecoroso, escabroso e infame", de que está a ser "injustamente vítima", o secretário-geral do PS "não pode lavar as mãos como Pilatos", mas antes "assumir as suas responsabilidades e consequências políticas".

O Conselho Nacional de Jurisdição (CNJ) expulsou Diogo Coelho, considerando que este teve uma "atuação continuada, infracional dos estatutos e regulamentos" do partido, "toda dominada e presidida pelo mesmo processo resolutivo", o desejo de "querer ser a todo o custo" o cabeça de lista do PS à Câmara de Pedrógão Grande nas autárquicas de 29 de setembro último.

No processo disciplinar, iniciado após queixa do presidente da Federação Distrital, João Paulo Pedrosa, a CNJ apurou que Diogo Coelho "não transmitiu, nem deu conhecimento a militantes e a membros" da concelhia "do regulamento e calendário" para a eleição do primeiro candidato à Câmara de Pedrógão Grande.

Por outro lado, não deu conhecimento ao presidente da Federação Distrital, nem ao Secretariado Nacional do PS da data da reunião da concelhia para a designação do candidato.

Por isso, o militante António da Silva Pena não pôde entregar o seu processo de candidatura, pelo que o fez na Federação de Leiria.

Nessa reunião, o presidente da federação informou que havia a candidatura de António da Silva Pena e que o processo de eleição do primeiro candidato à câmara fora avocado pela federação.

Hoje Diogo Coelho, munido de documentos e registos áudio da reunião, garantiu que a concelhia "enviou a todos os membros a convocatória" para a reunião de dia 24, sendo que, dois dias antes, formalizou a sua candidatura como cabeça de lista à Câmara de Pedrógão Grande.

Desta situação, o dirigente assegurou que deu conhecimento ao secretariado da federação distrital e ao secretariado nacional, referindo que a sua candidatura foi "subscrita por 86%" dos cerca de 70 militantes da concelhia.

Segundo Diogo Coelho "António da Silva Pena dispunha dos mesmos meios para apresentar a candidatura", mas optou por fazê-lo na federação, "não respeitando o regulamento eleitoral".

Para o responsável, quem "teve uma atuação continuada, infracional dos estatutos e regulamentos" foi o presidente da federação que "avocou o processo autárquico de Pedrógão Grande de forma ilegal", tendo imposto "a todo o custo" António da Silva Pena para candidato, não respeitando "a vontade ampla e da esmagadora maioria dos militantes", numa "lógica feudal, do quero posso e mando".

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