Sete dias após chegar, Marinho e Pinto anuncia saída de Bruxelas

O eurodeputado do MPT Marinho e Pinto revela-se, apenas sete dias depois de chegar a Bruxelas, descontente por ter percebido que ?o elemento agregador da Europa não está nos ideais nem nas políticas, mas no dinheiro?. Ao Jornal de Notícias garante, por isso, que ?os problemas nacionais são mais graves do que os europeus? e que no próximo ano tenciona candidatar-se à Assembleia da República,? sem prejuízo de, depois, poder também candidatar-se às presidenciais.

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Notícias Ao Minuto
08/08/2014 09:22 ‧ 08/08/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Eurodeputados

Após apenas sete dias de aterrar em Bruxelas, Marinho e Pinto já tem data para fazer as malas e regressar a Portugal. A revelação é feita, esta sexta-feira, ao Jornal de Notícias (JN) pelo próprio, com a justificação de que “os problemas nacionais são mais graves do que os europeus”.

“Só não estou desiludido” com o hemiciclo europeu “porque não tenho idade para ter ilusões”, pelo que, diz, “saiu menos europeísta do que [quando] entrei”. Até porque, acrescenta, em pouco tempo, “percebi que o elemento agregador da Europa não está nos ideais nem nas políticas, mas no dinheiro. E eu não acredito numa organização toda construída em torno desse dinheiro”.

E o que fará quando regressar a Portugal? “Tenciono candidatar-me à Assembleia da República, onde faço mais falta para resolver os problemas políticos dos portugueses”, afirma Marinho e Pinto, esclarecendo que “isto, sem prejuízo de, depois, poder também candidatar-me às presidenciais”.

Outra questão abordada nestas declarações ao JN é o rendimento, por ele considerado “vergonhoso”, auferido pelos eurodeputados e que pode chegar aos 17 mil euros/mês, no caso de Portugal um valor muito superior à média salarial. Um facto que, advoga, “transforma a defesa dos seus interesses em mera retórica”.

Mas Marinho e Pinto não tenciona abdicar dele: “Sou pobre, preciso do dinheiro, tenho uma filha no estrangeiro” e “não sou a favor da caridadezinha, tenho os meus gestos de solidariedade mas nunca os divulguei nem nunca o farei”.

Apesar de mais de 7% dos portugueses ter votado nele nas eleições europeias, o ex-bastonário da Ordem dos Advogados justifica que “continua na luta” e que “a guerra tem várias trincheiras” sendo que a próxima em Portugal.

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