Em reação à divulgação dos dados dos primeiros sete meses do ano, da Direção Geral do Orçamento (DGO), que revelam um agravamento do défice de mais de 389 milhões de euros face ao igual período do ano passado, Ricardo Oliveira, do PCP, refere que o partido comunista “não está surpreendido com resultados da execução orçamental”.
Na perspetiva do deputado comunista, estes números “refletem o abrandamento e degradação da situação económica do país”, sendo também consequência do que diz ser os “níveis insustentáveis de desemprego”.
Para o PCP, os dados divulgados pela DGO são também prova de que “prossegue o saque das famílias” através dos impostos, em contraciclo com impostos para as empresas, como é o caso do IRC, que “continuam em queda”. Por essa razão, diz, “é necessário assumir a rutura com esta política, só possível” com a “demissão deste Governo”, precisou o deputado comunista.
Sobre os argumentos do PSD, que, pela voz do deputado social-democrata Duarte Pacheco, considerou que estes resultados são consequência de chumbos constitucionais, o deputado comunista desvaloriza o argumento. Para Ricardo Oliveira, não é “aceitável que haja um Governo que insista, ano após ano, em políticas inconstitucionais”, isto ao mesmo tempo que os “encargos e juros com a dívida pública” seguem em caminho contrário, “a crescer”, rematou.