“Toda a oposição está de acordo que o Governo deve cair”, afirma António Costa, em entrevista publicada na edição desta terça-feira do Diário Económico. O socialista já não acredita em entendimentos entre partidos e adianta que o único consenso se relaciona com eleições antecipadas.
“O senhor Presidente da República esgotou as oportunidades que teve para gerar consensos relevantes na sociedade portuguesa. Não vejo que exista hoje (…) outro consenso que não sejam as eleições para que, com uma nova maioria, se possa dinamizar o diálogo político e social”, sublinhou o atual presidente da Câmara de Lisboa.
O candidato à liderança do PS reitera que o atual “Governo está esgotado nas suas funções e no seu tempo” e que “só existe porque o Presidente o mantém em funções”, sendo que no seio da sociedade portuguesa “não tem a maior base social de apoio”.
Relativamente à sua agenda económica, o socialista é sucinto: a prioridade do Estado não deve passar por esforçar cada vez mais a contribuição de cada um mas, sim, “inverter a trajetória em matéria de emprego”, com atenção dada também à emigração.
“A sustentabilidade dos sistemas sociais garante-se com o reajustamento às dinâmicas da economia, do emprego e da demografia”, esclarece o candidato.