País está a voltar ao tempo "antes do 25 de Abril"

O candidato socialista às primárias do PS António José Seguro afirmou no sábado ao final da noite que o país está a voltar ao tempo antes do 25 de Abril e que precisa de "um primeiro-ministro com matriz social".

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Lusa
07/09/2014 07:30 ‧ 07/09/2014 por Lusa

Política

Seguros

"Hoje, passados 40 anos desse 25 de Abril, a que é que estamos a assistir? Estamos a assistir ao regresso de antes do 25 de Abril: serviços a fechar, extensões de saúde a fechar, tribunais a fechar e as pessoas a terem de emigrar novamente porque não têm sustento no interior do nosso país", referiu.

António José Seguro falava numa ação de campanha realizada na aldeia histórica de Castelo Rodrigo, distrito da Guarda, onde também defendeu a necessidade de um país e de um primeiro-ministro mais solidários.

"O que está em causa não é saber quem é que vai ocupar a cadeira do poder, o que está em causa é escolher um primeiro-ministro que tenha esta matriz social de um país solidário. [O que está em causa] é também escolher um primeiro-ministro que honre a palavra", disse.

A discursar no interior, o candidato que também é secretário-geral do PS, recordou que a região tem potencialidades, mas faltam as oportunidades.

"Vejam este paradoxo, uma terra fértil, que se for bem trabalhada dá fruto, dá uvas, dá azeite, dá amêndoas e gente sem trabalho. Um património fantástico histórico e natural, um ar que se respira do melhor que há e, no entanto, quando nós olhamos o que vemos são pessoas a perder a esperança e o ânimo", apontou.

António José Seguro rejeitou, todavia, que essa zona do país esteja condenada ao despovoamento e disse não aceitar que "o interior seja um imenso lar de idosos e um exército de desempregados".

Repetiu a proposta de baixar os impostos para as empresas do interior, desde que estas criem novos postos de trabalho, bem como o da criação do PDI - Plano de Desenvolvimento para o Interior.

O candidato também lembrou a necessidade de avançar com o Plano de Reindustrialização do país, associado aos setores tradicionais e que tiveram relevo no interior - como o têxtil e o calçado - ou outros associados à nova vaga da era digital.

No final, reiterou que os portugueses "precisam de ter um primeiro-ministro de confiança e de palavra, com um projeto para Portugal" e garantiu que é isso que oferece.

Na sessão de campanha discursaram ainda o mandatário distrital da candidatura, o presidente da Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo e o presidente da Federação Distrital da Guarda (reeleito sexta-feira), que manifestaram total apoio a Seguro.

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