Este foi um dos raros pontos de acordo no primeiro dos três debates televisivos entre o secretário-geral do PS e o presidente da Câmara de Lisboa no âmbito da campanha para as eleições primárias de 28 de setembro, nas quais os militantes e simpatizantes socialistas escolherão o seu candidato a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas.
António José Seguro defendeu que António Guterres, se assim o pretender, "é o candidato que o PS deve apoiar" nas eleições presidenciais.
"É um homem com uma enorme sensibilidade social, é um homem de diálogo - e precisamos de ter na Presidência da República um chefe de Estado capaz de compreender e mobilizar todos os portugueses - e, em terceiro lugar, porque [António Guterres] tem um prestígio internacional que pode ajudar a um Governo que eu desejo liderar e que desejo que tenha uma voz firme na União Europeia", justificou.
Interrogado se já abordou com o próprio Guterres o tema das eleições presidenciais, Seguro respondeu que não.
Por sua vez, António Costa sustentou que, se António Guterres estiver disponível para entrar na corrida das presidenciais, "certamente que será um excelente Presidente da República".
"O máximo que posso dizer é que votarei nele, mas a questão das presidenciais depende da vontade do próprio. Espero que o próprio esteja com vontade e disponível para isso", referiu.
Questionado se tem falado com o ex-primeiro-ministro, o presidente da Câmara de Lisboa recusou-se a esclarecer.
"Conversas são conversas. Não vamos estar aqui a falar de conversas privadas", alegou.
