"Cavaco é o político mais medíocre que tivemos até hoje"
Boaventura Sousa Santos considera que “os políticos podem não ser brilhantes, e este [Cavaco Silva] não o é, pelo contrário, é o mais medíocre que tivemos até hoje”. O sociólogo falava em entrevista ao Jornal de Negócios, quando questionado acerca de uma eventual dissolução do Parlamento e consequente cenário de eleições antecipadas.
© LUSA
Política Entrevista
O Orçamento do Estado para 2013 “é ideologicamente um nado morto, cujo fracasso é uma morte anunciada”. As palavras pertencem ao sociólogo e coordenador do Observatório Permanente da Justiça, Boaventura Sousa Santos, que, numa entrevista publicada esta terça-feira no Jornal de Negócios, não poderia ser mais cáustico relativamente à estratégia política do actual Executivo, tomando o Orçamento do Estado para 2013 como arauto flagrante de um “Estado predador”.
Assim, o sociólogo defende uma alternativa de esquerda, assente “numa frente eleitoral”, ou seja, “uma associação política que junte gente do PS, do BE, do PCP, que eventualmente se venha a apresentar” a eleições, perante o cenário da convocação de um sufrágio antecipado.
Nesta senda, e questionado sobre se o Presidente da República, Cavaco Silva, tomaria a decisão de convocar eleições antecipadas, o responsável responde: “Acredito que os políticos podem não ser brilhantes, e este não o é, pelo contrário, é o mais medíocre que tivemos até hoje, mas tudo vai depender do que acontecer nas ruas”.
Para o sociólogo “na ausência de outros, o Tribunal Constitucional pode ser uma força democratizante da sociedade portuguesa”, e uma vez que a instituição “certamente vai ter uma palavra”, deixa a mensagem: “Não desanimemos totalmente”.
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