Luís Filipe Menezes dá, esta semana, uma entrevista à revista VIP, na qual fala não só da sua vida pessoal como do seu trajeto enquanto político.
Foi o “clima permanente de conspiração interna” que, revela, o fez afastar-se da política ativa, à qual promete não voltar, depois de ter perdido a corrida à liderança da Câmara do Porto.
“Vejo pessoas que me eram distantes e hoje são mais corretas comigo e vejo outras que, quando chegaram ao pé de mim, não sabiam sequer pegar no biberão e hoje nem me conhecem. A essas pessoas eu dei o biberão, ensinei a andar, a falar, a correr, a saltar e hoje não conhecem nem o meu número de telefone, nem a minha morada”, desabafa, citado pelo jornal i.
Questionado sobre o porquê de nunca ter chegado a primeiro-ministro, o médico pediatra de profissão é claro nas palavras. “Não pertenço a nenhuma seita, nem a nenhuma sociedade secreta. Não tenho acordos de bastidores. (…) Quem não entra nesse jogo de interesses, dificilmente pode chegar alto”, justifica.
Lançando, ainda, algumas críticas a Rui Rio, manifestamente alguém que toma (ou já tomou) como adversário, Luís Filipe Menezes afirma: há políticos que “aspiram a ser Presidente da República, cujo livro mais profundo que leram foi o Pato Donald. Pergunto a mim próprio porque é que perdi tanto tempo a ler Hemingway ou John Steinbeck, entre outros grandes nomes da literatura”.