Num comunicado assinado por Alberto João Jardim a propósito do referendo realizado quinta-feira na Escócia, emitido pela presidência do executivo insular, o líder madeirense sublinha que o contencioso entre a Madeira e a República "não reside na pretensão de independência, mas num novo modelo de autonomia".
"A questão reside em se o Estado português será suficientemente democrático e civilizado para consensualizar a resolução deste contencioso, até pela via referendária, ou se ainda estará dominado pelos autoritarismos e traumas do império que tantos males acarretaram", escreve Jardim.
No mesmo documento, o governante madeirense sublinha que a Madeira reivindica um "novo modelo de autonomia em que fiquem definidas as competências da República Portuguesa: Direitos, Liberdades e Garantias; defesa e segurança; política externa; tribunais de recurso e sistema nacional de segurança social".
Jardim argumenta que "independentemente do resultado", o referendo realizado quinta-feira sobre a independência da Escócia, no qual o 'não' venceu com 55,30 % dos votos, "traduziu-se numa vitória do povo escocês".
O líder regional adiantou os habitantes da Escócia obtiveram "o reconhecimento de direitos que o parlamento de Londres antes recusava, e que se a tempo os tivesse reconhecido, ter-se-iam evitado as tensões, despesas e reflexos económico-financeiros que o referendo desencadeou".