A poucos dias das eleições primárias, o líder do PS garantiu que se perder o sufrágio interno do partido abandonará a liderança do mesmo. “Se perder, o que não espero – pelos últimos dados estou muito confiante numa vitória no próximo dia 28 – , assumo o compromisso e deixarei de ser líder do PS”, disse Seguro em entrevista à Rádio Renascença.
Sobre a polémica que a sua proposta de redução de deputados criou, o líder socialista reiterou que o Parlamento “tem deputados a mais”, vendo como sua “responsabilidade” a de apresentar de propostas que mudem esta situação.
Relativamente às críticas de António Costa, que garantiu que a proposta apresentada terá como consequência uma menor representatividade na Assembleia da República, Seguro disse tratar-se de uma “crítica absolutamente sem fundamento”. No entender do líder ‘rosa’, “António Costa faz parte do sistema" e por isso "quer que as coisas fiquem na mesma”.
“Cada vez que há uma abertura do sistema ele [António Costa] tenta bloqueá-la. O princípio da proporcionalidade, que está garantido constitucionalmente, será melhor reforçado e melhor garantido se um houver um círculo no âmbito nacional”, garantiu.
Sobre o compromisso assumido por Costa de repor as pensões aos níveis que se registavam em 2011, Seguro assegurou que esse é também um compromisso seu, aliás, “é um compromisso do PS”.
Seguro garantiu ainda que se ganhar as eleições primárias, tal como acredita que acontecerá, contará com Costa para continuar a ter lugar no partido, descrevendo o adversário como um “político hábil”.