“Um dia, Passos Coelho inventou este termo a propósito de qualquer coisa: malabarice. Não explicou, mas esta filha do malabarismo e da malandrice, (…) foi uma magnífica contribuição para a literatura nacional, que só posso saudar”, começou por explicar Francisco Louçã, adiantando sem delongas que “malabarice é o que estamos a viver hoje”.
“Malabarice é o secretário-geral do Parlamento apresentar informações falsas para proteger o seu correligionário, quando tem obrigação de prestar informações verdadeiras”, atirou, em referência ao comunicado divulgado pela Assembleia da República indicando que nunca houve uma declaração de exclusividade de Passos Coelho, mas sem referir se alguma vez este esteve ou não naquela condição.
O antigo líder do Bloco de Esquerda critica ainda o facto de se “receber um subsídio de reintegração quando já se tem um trabalho pago” e o jogo de palavras feito com a explicação para o dinheiro recebido da Tecnoforma, que Passos Coelho afirmou serem de despesas de representação, enquanto se declarava exclusividade no Parlamento.
“Malabarice é viver com subterfúgios para não pagar impostos e depois impor um colossal aumento de impostos aos trabalhadores e reformados”, escreveu o economista.