António Saraiva diz hoje numa entrevista ao Diário Económico que “a estabilidade política a par com a estabilidade social são dois pilares fundamentais” para que o país possa viver em tranquilidade.
O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) considera que esta estabilidade é necessária e que, por isso, devem ser evitados problemas como o caso Tecnoforma que afeta o primeiro-ministro. No entanto, caso surjam quezílias que ponham em causa a estabilidade do país, o melhor é antecipar as eleições legislativas que estão agendadas para o próximo ano.
“Se entrarmos num pântano, então que se clarifique o mais rapidamente a situação para que possamos ter quatro anos de estabilidade”, começa por dizer.
Contudo, sublinha, “se viermos a ter episódios em que isto [estabilidade] vai ser ainda mais complicado, então que se promovam eleições o mais rápido possível”, pois só assim o país poderá ter um período de quatro anos com a “desejada” tranquilidade.
Mais diretamente sobre o caso Tecnoforma, António Saraiva defende que não se deve “julgar por antecipação que isso vá despoletar a queda do Governo”.
“Quero desejar que assim não seja, pela estabilidade que advogo. Vamos esperar para ver”, disse o responsável, admitindo que “gostaria que não se verificasse [a queda do Governo], primeiro porque tenho do primeiro-ministro uma imagem de honestidade que não queria perder e, depois, porque as consequências que isso traria ao país seriam dolorosas”.