“O António Costa venceu sem margem para dúvidas, não tenho dúvidas de que será um adversário difícil”. No entanto, “representa igualmente o pior de Sócrates. Diria que quem venceu nestas primárias foi o PS de 2011”.
Grosso modo, é desta forma que o vice-presidente do CDS, Nuno Melo, analisa a vitória do presidente da Câmara de Lisboa no passado domingo, eleito candidato a primeiro-ministro do PS com perto de 70% dos votos, contra uns curtos 30% conseguidos por António José Seguro.
E prosseguiu um dos braços-direitos de Portas, que falava ontem à noite aos microfones da Rádio Renascenças, “tudo o que António Costa é capaz de fazer nós já vimos: duplicou a dívida do Estado, lançou-nos na bancarrota e trouxe a troika”.
Assim, para o responsável centrista, Costa não pode chegar a 2015 e “aparecer como o salvador da pátria, que vai mudar alguma coisa e fazer tudo diferente”.
Nuno Melo afasta qualquer eventualidade de o CDS aderir à ‘moda’ das primárias, sustentando a abertura de partidos pequenos a simpatizantes “pode transformar-se numa espécie de uma OPA [Oferta Pública de Aquisição] de partidos maiores aos partidos mais pequenos”.