No ano passado, o Governo lançou um concurso para selecionar uma empresa que seria responsável por escolher futuros gestores para parte significativa dos fundos europeus (2014/2020). Entre as várias candidatas estava a empresa Boyden, pertencente a Rui Rio. Mas a Agência para o Desenvolvimento e Coesão acabou por gostar mais da proposta apresentada pela Heidrick & Struggles, deixando de parte a proposta do ex-presidente da Câmara Municipal do Porto.
Porém, e segundo revela agora o jornal i, depois de conhecidos os resultados, o Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida, decidiu mudar as regras do concurso, exigindo que passassem a ser duas empresas selecionadas.
Resultado? Rui Rio volta a entrar na corrida e acaba por ser escolhido como a segunda empresa em funções. Posto isto, um serviço que deveria custar 40 mil euros ‘engordou’ para os 100 mil.
Confrontado com a situação, Castro Almeida revela que o objetivo desta decisão era “alargar as hipóteses de escolha, através da diversificação do leque de contactos de cada uma das empresas e evitar a hegemonia de uma só empresa no processo de recrutamento para funções tão importantes”.
Já o i recorda que Castro Almeida e Rui Rio mantêm, desde há largos anos, relações políticas próximas.