Marcelo Rebelo de Sousa afirmou este domingo, no espaço de comentário que protagoniza na TVI, que a promulgação do Orçamento do Estado para 2013 por parte do Presidente da República e posterior pedido de fiscalização sucessiva ao Tribunal Constitucional é a “segunda opção preferível”. A primeira seria, na opinião do professor, a solicitação da fiscalização preventiva.
Nesta senda, e no que concerne à matéria das pensões, que é sabido suscitar dúvidas junto de Cavaco Silva, Marcelo Rebelo de Sousa disse que as declarações de Passos Coelho este domingo, em que criticou os pensionistas, sublinhando que “alguns ganham fortunas e muitos nem descontam”, “foram pouco pensadas”.
Para o professor, as palavras do primeiro-ministro não foram mais do que uma “habilidade” com o objectivo de “dar uma canelada no Presidente, a Manuela Ferreira Leite, Eduardo Catroga e Bagão Félix”, estes últimos, refira-se, umas das vozes mais contestatárias perante a acção do actual Executivo.
“O problema não são os pensionistas que ganham muito. O problema que se coloca é com as pensões médias, logo a partir de mil e tal euros”, que também integram os cortes previstos, lembrou Marcelo Rebelo de Sousa.
No entender do comentador, “o primeiro-ministro devia dar uma boa notícia de vez em quando, algo de mobilizador”, todavia, sublinhou a este propósito com alguma ironia, Passos Coelho “tem um ego muito desenvolvido e não precisa de conselhos meus”.
Por outro lado, na opinião de Marcelo, “Mário Soares é outro ego enorme” e tem feito “campanha como se fosse líder da oposição”.
“É uma pena num senador vitalício que o excesso seja tanto que acabe por perder toda a razão", referiu o professor em relação ao histórico socialista.