António Costa é, na opinião de Mário Soares, um “socialista convicto perante um Governo sem ideais políticos, que não tem nada que ver com o PSD de Sá Carneiro nem com o CDS de Freitas do Amaral”.
Na sua coluna de opinião no Diário de Notícias, o histórico socialista frisa que para este Governo “o que conta é o dinheiro” e, por isso, “obedece à troika” que é, por sua vez, “dominada pelos grandes magnatas económicos americanos”.
Para Mário Soares, António Costa “vai, na próxima eleição, se não for antes, como devia, eliminar o atual Governo, cuja coligação se odeia entre si”. E sobre o Presidente da República, o fundador do PS acusa-o de “falar o menos possível”, garantindo que “fará tudo para manter Passos Coelho no poder, enquanto for possível”.
Relativamente à coligação, Soares escreve que o “desentendimento entre os ministros do partido positivista de Passos Coelho e do viajante Paulo Portas é uma constante”, alertando para o facto de que “os meses que vão correr até dezembro" serão "muitíssimos duros”.
“Assim se destrói um país com oito séculos de história, em que os chineses querem mandar…”, conclui Mário Soares.
