O deputado disse existirem "situações preocupantes" a nível social e laboral em Champigny-sur-Marne, uma zona onde cerca de 10 por cento da população (76 mil habitantes) "tem relação direta ou indireta com os portugueses", um alerta que lhe foi deixado hoje, num encontro, pelo presidente da câmara local, Dominique Adenot.
Segundo Paulo Pisco, a maioria das empresas de construção civil nesta região são propriedade de emigrantes, que têm recrutado muitos portugueses.
"De há oito meses para cá, voltou a haver duas linhas diretas [de autocarro], por semana, entre Lisboa e Champigny-sur-Marne", o que fez aumentar a quantidade de portugueses nesta localidade, descreveu o deputado, em declarações à Lusa.
Segundo o socialista, têm-se verificado casos de exploração no trabalho, com "pessoas a ganhar abaixo daquilo que é razoável" e a viverem "em más condições".
"É negativo para o país e para os portugueses que estão naquela zona", disse Pisco, que acrescentou que o presidente do município se mostrou preocupado com o fenómeno.
O deputado do PS avisou que, "se a situação não se detiver a tempo, pode levar ao surgimento de redes de exploração de trabalhadores".
Paulo Pisco pediu a intervenção do Governo português para "interpelar as autoridades do trabalho francesas" para verificar as condições de funcionamento das empresas.