“Este foi o ano mais difícil de que tenho memória desde de 1974”, mas foi também o ano em “semeámos o futuro para que tal não venha a suceder” no futuro. Foi desta forma que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, resumiu 2012, no âmbito da sua primeira intervenção no debate quinzenal que está a decorrer na Assembleia da República.
O chefe do Executivo realçou também que este foi “um ano de reestruturação interna sem precedentes”, garantindo que foi feita uma reforma superior a 80% do total das medidas previstas. Passos Coelho admitiu, porém, que este foi “um ano de dificuldades e de sacrifícios” para todos os portugueses que tiveram de “pagar desvarios [do passado] da política económica”. Ainda neste contexto, o primeiro-ministro destacou que “é justo dizer que os sacrifícios têm sido acompanhados das reformas necessárias para que não tenham que se repetir”.
Por outro lado, Passos Coelho exaltou o facto de 2012 ter sido “um ano ganho em termos europeus”. E, em jeito de retrospectiva, o líder do Governo destacou, sobretudo, o facto de a Europa ter chegado a um consenso relativamente à união bancária, fazendo ainda sobressair que o presente “contexto cria um quadro de confiança para os próximos anos, apesar dos riscos que ainda enfrentamos”.
Para o primeiro-ministro, ao longo deste ano foi lavrado um “terreno muito mais sólido no contexto europeu para prosseguir com políticas necessárias”.