Um trabalho de Ciência Política levado a cabo pela Universidade de Aveiro, e de que o Jornal de Notícias, dá conta sugere que as mulheres autarcas são mais transparentes ao nível da contas do que os autarcas homens.
“As mulheres têm índices de transparência maiores, no que respeita à área económica, do que aqueles que são geridos por homens”, diz Solange Nunes, investigadora que teve em mãos este projeto para o qual foram analisados os números do Índice de Transparência Municipal (ITM), citada pelo mesmo jornal.
A disponibilização de documentos – por exemplo nos sites das respetivas autarquias – bem como listas de dívidas e mapas de execução orçamental são tidos como documentos relevantes na hora de mostrar transparência perante os eleitores. E, neste aspeto, a ‘campeã’ é também uma mulher: Berta Nunes, socialista eleita em Alfândega da Fé. É dcela o primeiro lugar no ranking ITM.
Ao todo há 23 mulheres como responsáveis máximas de autarquias. Amadora, Odivelas e Setúbal encontram-se entre as autarquias mais populosas geridas por mulheres. Entre as 23, 12 são socialistas e seis da CDU, o segundo partido mais representado neste âmbito, além de duas autarcas independentes e três sociais-democratas (uma delas, Isaura Morais, de Rio Maior, em coligação com o CDS).
Quando falamos de média, e embora a amostra feminina seja menor, percebe-se ainda mais as diferenças levantadas pelo estudo. No ranking ITM, que vai dos zero aos 100, as mulheres têm uma média de 83,6 ao nível da transparência. A média dos autarcas homem fica-se pelos 66,1.