Costa defende que não se deve andar atrás dos "pequeninos"

António Costa defendeu hoje que o combate à fraude e à evasão fiscal não se faz através de penhoras de casas, razão por que não se deve andar atrás dos mais "pequeninos", mas sim daqueles que organizam "esquemas".

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Lusa
16/11/2014 18:02 ‧ 16/11/2014 por Lusa

Política

Fisco

"O desafio à fraude e à evasão fiscal não é andar atrás dos pequeninos, que têm dificuldade, muitas vezes, em cumprir as suas obrigações, mas é daqueles que organizam esquemas bem elaborados de subtração de capitais, para subtrair aos cofres do Estado milhões e milhões", afirmou o socialista.

O candidato único a secretário-geral do Partido Socialista falava durante um encontro com militantes, em Faro, onde aproveitou para apelar à mobilização de independentes na construção de um programa de Governo para a nova legislatura, para que possa ser aprovada em convenção nacional, até à primavera.

António Costa reafirmou que as propostas socialistas de alteração ao Orçamento do Estado para 2015 não contribuirão para o aumento do desequilíbrio orçamental, sublinhando que é urgente travar os "aumentos" brutais do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e garantir que ninguém perde a sua casa.

Segundo o socialista, a maioria não devia apenas preocupar-se com o aumento do IMI para as famílias que têm muitos filhos, mas sim prestar também atenção às famílias que já não têm filhos a seu cargo, mas que têm sofrido cortes nas pensões e sobre as quais paira a ameaça de aumento do IMI.

De acordo com António Costa, a maioria tem razão quando diz que está preocupada com o apoio às famílias que têm filhos, contudo, essa preocupação "não se tem que resolver em sede de IMI" e sim dirigir-se, sobretudo, às famílias carenciadas.

"É por isso que nós propomos o apoio às famílias com filhos por via do aumento do abono de família", argumentou, defendendo que o apoio não deve ser distribuído "indiferenciadamente", a uns e a outros.

Costa insistiu no desafio ao Governo para que viabilize as propostas do PS para o Orçamento do Estado para 2015, que visam sobretudo encontrar soluções para o desemprego, a pobreza infantil e juvenil e a habitação.

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