Nem esquerda nem centro, coligação à direita é o caminho

A um ano das eleições legislativas, Francisco Assis deixou cair por terra a possibilidade de, em caso de vitória socialista, poder haver uma coligação com os partidos mais à esquerda na formação do governo. Em entrevista ao Observador, o eurodeputado levantou o véu daquilo que espera do futuro executivo caso o PS saia vitorioso das votações.

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Notícias Ao Minuto
19/11/2014 13:16 ‧ 19/11/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Francisco Assis

Francisco Assis não quer a esquerda, nem o centro. À direita é o caminho. Em entrevista ao Observador, o eurodeputado socialista deixa os seus prognósticos sobre como será um governo socialista caso António Costa vença as eleições legislativas do próximo ano.

A dez dias da convenção do Partido Socialista – de onde o autarca de Lisboa sairá líder ‘rosa’ –, Assis levanta o véu daquilo que irá dizer no seu discurso e mais assertivo não poderia ser. Sobre a eventualidade de uma vitória socialista, nas legislativas, sem maioria absoluta e na “necessidade de um governo de coligação (…) terá de ser à direita”.

E quanto a isso não tem dúvidas. “O Partido Social-Democrata” é o parceiro ideal para uma coligação e “para garantir a devida estabilidade política”. Quanto ao CDS, para Assis “é inquestionável que há uma maior proximidade ideológica entre o PS e o PSD, do que há com o CDS-PP”.

E para os que questionem que PSD é este, Assim tem já a resposta: “À direita dir-me-ão alguns: com quem e em que termos? Se o PS ganhar as eleições, à direita vai haver mudanças e essas mudanças facilitarão entendimentos”, disse, dando a entender estar a referir-se a uma possível saída de Pedro Passos Coelho e entrada de Rui Rio, apontado como principal ‘rival’ de António Costa na corrida a São Bento.

Cartas fora do baralho desta (utópica) coligação estão os partidos mais à esquerda, não só pelas “posições assumidas” pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP, mas também pela divergência quanto a questões europeias e de política internacional, lê-se no Observador. “Francamente [não vejo] como é que se possa fazer uma coligação à esquerda”, disse.

Porém, do leque de excluídos não consta o “Partido Livre ou com qualquer outra formação” que, entretanto, nasça e se enquadre nas “linhas matriciais do PS”.

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