Portas "intrigou" contra Álvaro e fez "chantagem" com país

Quando Álvaro Santos Pereira foi anunciado como ministro de Pedro Passos Coelho era um ilustre desconhecido. O antigo ministro da Economia, volta agora ‘ao ataque’, com o livro ‘Reformar sem medo’. Na obra que chega hoje às livrarias, Álvaro, como pediu para ser tratado, diz que Portas intrigou contra si desde o primeiro dia e que o líder centrista fez “chantagem” com o país.

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Notícias Ao Minuto
28/11/2014 22:00 ‧ 28/11/2014 por Notícias Ao Minuto

Política

Ex-ministro

Álvaro Santos Pereira, antigo ministro da Economia, lançou esta sexta-feira uma obra da sua autoria com o título ‘Reforma sem medo’. Na primeira vez que volta à vida pública depois da saída do Executivo, Santos Pereira refere que Portas estava contra a sua presença no Governo e que o líder centrista fez “chantagem” com o país, numa atitude que não merece perdão, dá conta o Observador.

“O que me é insuportável é a intriga pela intriga, é os políticos fazerem tudo o que está ao seu alcance, sem olhar a meios, para ter mais poderes ou ganhos políticos. Isso, acho profundamente lamentável, errado”, escreve Álvaro, referindo-se à atuação de Paulo Portas, dizendo mesmo que não tem dúvidas que parte dos ataques que sofreu vieram de fontes internas.

O antigo responsável pela pasta da Economia acusa ainda Portas de “intriga e chantagem com um país numa situação dramática e que estava sob assistência financeira. Santos Pereira, refere ainda que “o timing da demissão de Vítor Gaspar surpreendeu-me”, mas, “a surpresa das surpresas aconteceu dia 2 de julho”, altura em que Portas apresenta a ‘irrevogável demissão’ .

“Senti que a pátria tinha sido traída e que o país tinha sido atirado para a lama, tínhamos acabado de deitar o trabalho dos últimos dois anos para o lixo. (…)  Em qualquer outro país minimamente avançado e democrático, essas ações nunca seriam perdoadas, nem pela opinião pública, nem pela imprensa e muito menos pelo próprio partido. É chocante e é pena que os agentes políticos e a imprensa não tenham atuado em conformidade com alguém que assim agiu. Porque será?”, deixou em tom de dúvida.

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